De 21 de março a 8 de abril, o Serviço Educativo do Jazz ao Centro Clube / Clube UNESCO Coimbra: Arte, Património e Comunidade abrem Biblioteca da Baixa, projeto artístico de envolvimento comunitário. Numa loja desocupada da Rua Adelino Veiga, haverá diversas oficinas para aprender técnicas de impressão manual, simples e divertidas, como forma de fixar no tempo o que há muito espera por ser partilhado. Os participantes poderão contar com a ajuda de Marei Schweitzer e de Joana Monteiro, que dinamizarão as oficinas para co-criar pequenos e singelos livros, um por história, que constituirão o início de uma Biblioteca da Baixa. Marei é ilustradora e contadora de histórias, proveniente nas colinas verdes da Baixa Saxónia (Alemanha), onde há cerca de 200 anos os irmãos Grimm recolheram os seus famosos contos populares. Por sua vez, Joana é designer gráfica, fundadora do Clube dos Tipos e da Editora dos Tipos, organizando regularmente oficinas de tipografia em Coimbra (em colaboração com a Tipografia Damasceno). Marei e Joana partilham interesse nas experiências humanas e na expressão das narrativas e memórias a elas associadas. As suas práticas são diferentes, mas complementares, acreditando que a Arte pode forjar novas relações e conexões, empoderar as pessoas e valorizar diferentes trajetórias de vida. Ao longo do período de construção da biblioteca, Marei e Joana serão acompanhadas por Sofia Martinho, educadora com interesse no papel transformador das práticas artísticas e do envolvimento comunitário. A Biblioteca da Baixa tem origem numa candidatura conjunta do JACC e da artista alemã Marei Schweitzer que, em agosto de 2021, foi seleccionada para o i-Portunus Houses, projeto-piloto de apoio à mobilidade para artistas e profissionais culturais do programa Europa Criativa. O programa i-Portunus Houses apoia mobilidades centradas na criação, aprendizagem e/ou exploração, potenciando o valor profissional de contactos reais através das fronteiras europeias e a valorização da colaboração entre entidades e artistas de diferentes países europeus. A proposta do JACC foi avaliada por um comité de peritos em mobilidade cultural de toda a Europa e foi um dos 17 projetos seleccionados entre 187 propostas originárias de 36 países abrangidos pelo programa Europa Criativa. A Biblioteca da Baixa vai funcionar na Rua Adelino Veiga, tentando somar esforços à dinâmica ali recentemente introduzida pela APBC - Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra (com o projeto COL ECO). Prefigura, também, a futura presença da Bienal Anozero nessa mesma rua (a bienal ocupará o espaço da Biblioteca como suporte para várias iniciativas entre abril e junho). Ao fazer convergir estas intervenções na Rua Adelino Veiga, as três instituições (APBC, Anozero e JACC) visam tornar evidente o papel que a Arte e a Cultura têm no desenvolvimento do território e das comunidades que nele residem e trabalham. Para já, fica o convite alargado à participação na construção da Biblioteca da Baixa. Os participantes interessados poderão obter informação adicional e fazerem a sua inscrição através de formulário disponibilizado no site www.bibliotecadabaixa.pt MAREI SCHWEITZER Marei desenvolve trabalho como ilustradora para revistas, museus e outras instituições (Die Andere Bibliothek, Bajazzo, Beltz und Gelberg, dtv, du, GEO, Hanser, KulturSPIEGEL, mare, Media Vaca). Leccionou a cadeira de Ilustração nas Universidades de Falmouth e Plymouth (Reino Unido). O seu principal foco enquanto professora é o papel do lúdico no trabalho criativo. Concebeu e facilitou oficinas onde os métodos abertos e lúdicos dão origem a viagens criativas, com o objetivo de ajudar os alunos a lidarem com a experiência da “folha em branco”, e tentando fazer emergir, a partir desse embate, projetos autorais de ilustração e storytelling. Actualmente, é Professora Convidada do Instituto de Literatura e Escrita Criativa da Universidade de Hildesheim, na Alemanha, onde explora formas de escrita autobiográfica. Também aqui, o seu principal interesse está na linguagem enquanto domínio do jogo. JOANA MONTEIRO A Joana é designer gráfica e faz direcção de arte. No seu trabalho, reconhece-se uma paixão pela tipografia. Para construção de imagens gráficas faz uso e mistura várias técnicas. Licenciou-se em Pintura e Design de Comunicação (ARCA, Coimbra). Fez o mestrado em Design Gráfico (University of the Arts London). Estudou na Royal College of Art, Londres, onde experimentou vídeo e tipografia tradicional. Colaborou com o atelier FBA., em Coimbra, durante 5 anos. É freelancer, desde 2007, e tem trabalhado, sobretudo, com clientes da área da cultura (TNSJ, Porto; English Touring Opera, Londres; TAGV, Jazz ao Centro Clube e CAPC, Coimbra; Santarém Cultura, CMS). Ganhou o prémio AIGA Justified em 2013; o prémio Sebastião Rodrigues, do Ano do Design Português, em 2014; Communication Arts Award of Excellence 2019. É co-fundadora do Clube dos Tipos, colaborando com Rui Damasceno, da Tipografia Damasceno. Fundadora da Editora dos Tipos, chancela através da qual publicou em 2016 o Manual Prático do Tipógrafo (que recebeu o “Certificate of Typographic Excellence”, Type Directors Club, Typography 38), em 2017, em conjunto com a Xeréfe, Clube Mediterrâneo – doze fotogramas e uma devoração, e em 2019 Tipografia Damasceno: 50 anos. Trabalha em Coimbra, no espaço/ateliê ME S.A. — Mesa Expandida Sociedade Aberta. Saiba mais em www.bibliotecadabaixa.pt
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Ana Moura, Mariza, Carolina Deslandes e outros sete artistas nomeados para Melhor Música do Ano 2021 em Portugal pelo concurso aRi[t]mar
Conheça a seleção final das 10 canções portuguesas e 10 canções galegas que agora aspiram ser escolhidas pelo público como Melhor Música do Ano na Galiza e Melhor Música do Ano em Portugal. A votação acontece até o dia 20 de março atráves no site aRi[t]mar e nos links partilhados nas redes sociais do concurso.
Ouça agora, as 10 canções finalistas na categoria de Melhor Música de 2021 em Portugal
Areia Fina (Tiago Nacarato & Fran) Estou por Tudo (Miguel Araújo c/ Cláudia Pascoal) Andorinhas (Ana Moura) Este Meu Jeito (Elisa) Cidade (Bárbara Tinoco x Bárbara Bandeira) Mãe (Mariza) Eco (Carolina Deslandes) Sou Como Sou (Ana Bacalhau) Ready [Mulher Batida] (Orelha Negra com A Garota Não) Purga (Rita Vian) VOTE em aRi[t]mar
Ouça agora, as 10 canções finalistas na categoria de Melhor Música de 2021 na Galiza
Luar (Baiuca feat. Lilaina) O Samil é Portugal (Os Vacalouras mais Quim Barreiros) Maneo de Caión (Sheila Patricia) Maneo de Cambre (Caamaño&Ameixeiras feat. Sílvia Pérez Cruz + Carola Ortiz) Casa deshabitada (Moel feat. Guadi Galego) Emerxencia: Freixo (Davide Salvado e Abe Rábade) Pobo de artistas (Dakidarría ft. Tanxugueiras e O Rabelo) Outras Lérias (Ukestra do Medio) Somos a pedra (Os d'Abaixo) e Peixe (Xisco Feijoó) VOTE em aRi[t]mar
aRi[t]mar é um projeto didático e cultural da Escola Oficial de Idiomas de Santiago de Compostela, pertencente a Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria da Xunta de Galiza, e que visa divulgar a música e poesia galego-portuguesas e aproximar a cultura e a língua dos dois países, no quadro da Lei Valentín Paz-Andrade para o uso do ensino da língua portuguesa e as ligações com a lusofonia.
Parceria e Apoio: Rádio Pessoas “É hora de botar a cara na rua”, diz o cantor Caetano Veloso, que, junto com Criolo, Maria Gadú, Seu Jorge, Bela Gil, Bruno Gagliasso e diversos outros artistas e organizações, promete ir à Brasília na próxima quarta-feira, 9, para participar do Ato Pela Terra.
O evento, que terá início às 15h, tem o objetivo de denunciar o Pacote da Destruição, um conjunto de projetos de lei (PLs) que, se aprovados pelas bancadas que representam o agronegócio no Congresso, deixam o caminho livre para a aniquilação do meio ambiente, com forte impacto sobre as florestas e as populações. Ruralistas e aliados do governo Bolsonaro não escondem o interesse e a pressa em avançar com o Pacote da Destruição nas próximas semanas, aponta o Greenpeace, uma das entidades organizadoras da mobilização. “Se aprovados, os PLs irão legalizar crimes ambientais, aumentar o desmatamento na Amazônia e outros ambientes naturais e liberar o garimpo em Terras Indígenas,o que vai na contramão do combate à crise climática. Essas propostas pretendem aumentar o lucro de poucos, enquanto ameaçam o bem-estar da atual e das futuras gerações”. Diante da gravidade da situação, artistas, lideranças e organizações se uniram para denunciar a ameaça que esse conjunto de propostas representa às pessoas e ao planeta. O Greenpeace também organizou um abaixo-assinado que exige que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, arquive o Pacote da Destruição. A Rádio Pessoas está comprometida com a Agenda 2030 Após a Rio+20, um amplo e inclusivo sistema de consulta foi empreendido sobre questões de interesse global que poderiam compor a nova agenda de desenvolvimento pós-2015. Diferentemente do processo dos ODMs, os novos objetivos de desenvolvimento sustentável foram construídos a muitas mãos. O Grupo de Trabalho Aberto para a elaboração dos ODS (GTA-ODS) estava encarregado da elaboração de uma proposta para os ODS. Composto por 70 países, contou com o envolvimento das mais diversas partes interessadas: desde contribuições especializadas da sociedade civil, até contribuições da comunidade científica e do sistema das Nações Unidas. O objetivo era proporcionar uma diversidade de perspectivas e experiências. Em agosto de 2014, o GTA-ODS compilou os aportes recebidos, finalizou o texto e submeteu a proposta dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, e das 169 metas associadas à apreciação da Assembleia Geral da ONU em 2015. ![]() A Agenda 2030: Um plano de ação global para um 2030 sustentável O documento adotado na Assembleia Geral da ONU em 2015, “Transformando Nosso Mundo: a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”, é um guia para as ações da comunidade internacional nos próximos anos. E é também um plano de ação para todas as pessoas e o planeta que foi coletivamente criado para colocar o mundo em um caminho mais sustentável e resiliente até 2030. A Agenda 2030 consiste em uma Declaração, em um quadro de resultados - os 17 ODS e suas 169 metas -, em uma seção sobre meios de implementação e de parcerias globais, bem como de um roteiro para acompanhamento e revisão. Os ODS são o núcleo da Agenda e deverão ser alcançados até o ano 2030. Os 17 Objetivos são integrados e indivisíveis, e mesclam, de forma equilibrada, as três dimensões do desenvolvimento sustentável: a econômica, a social e a ambiental. São como uma lista de tarefas a serem cumpridas pelos governos, a sociedade civil, o setor privado e todos cidadãos na jornada coletiva para um 2030 sustentável. Nos próximos anos de implementação da Agenda 2030, os ODS e suas metas irão estimular e apoiar ações em áreas de importância crucial para a humanidade: Pessoas, Planeta,Prosperidade, Paz e Parcerias. Ao combinar os processos dos Objetivos do Milênio e os processos resultantes da Rio+20, a Agenda 2030 e os ODS inauguram uma nova fase para o desenvolvimento dos países, que busca integrar por completo todos os componentes do desenvolvimento sustentável e engajar todos os países na construção do futuro que queremos.
Ao combinar os processos dos Objetivos do Milênio e os processos resultantes da Rio+20, a Agenda 2030 e os ODS inauguram uma nova fase para o desenvolvimento dos países, que busca integrar por completo todos os componentes do desenvolvimento sustentável e engajar todos os países na construção do futuro que queremos. Conheça os 17 ODS e suas 169 metas. Para saber mais sobre cada um dos ODS, clique: É por meio da linguagem que as pessoas e as sociedades perpetuam suas histórias escritas. Sem a linguagem o mundo seria um imenso vazio, não existiria a possibilidade de preservar o conhecimento e de transmiti-lo a outras gerações ao longo do tempo. A relação entre a língua e as pessoas é intrínseca, integra as relações humanas. A língua é código mutável de patrimônio social, desenvolvido para a transmissão de pensamentos, idéias e interação entre os indivíduos. A língua portuguesa desenvolveu-se na península ibérica como um dialeto românico chamado de galego-português, após a queda do Império Romano e as invasões bárbaras, no século V d.C. Usado em documentos escritos desde o século IX, o galego-português tornou-se uma linguagem madura no século XIII, com uma rica literatura. Em 1290 foi decretado a língua oficial do reino de Portugal pelo rei D.Dinis I. O salto para o português moderno deu-se no renascimento, sendo o Cancioneiro Geral de Garcia de Resende (1516) considerado o marco. A normatização da língua foi iniciada em 1536, com a criação das primeiras gramáticas, por Fernão de Oliveira e João de Barros. A partir do século XVI, com as navegações portuguesas, a história da língua portuguesa deixa de abranger apenas o continente europeu, expandindo-se para além do mar, principalmente para os continentes sulamericano e africano. É uma das línguas oficiais da União Europeia, do Mercosul, da União de Nações Sul-Americanas, da Organização dos Estados Americanos, da União Africana e dos Países Lusófonos. Com aproximadamente 300 milhões de falantes, o português é a 5.ª língua mais falada no mundo, a 3.ª mais falada no hemisfério ocidental e a mais falada no hemisfério sul do planeta. Angola, Brasil, Cabo Verde, Galiza, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, Timor Leste e São Tomé e Príncipe |